Dirigentes de sindicatos, uniões e federações sindicais, da CGTP-IN, nas empresas e locais de trabalho e nas Comissões de Trabalhadores, cidadãos com responsabilidade na direcção de muitas lutas em defesa dos trabalhadores e do interesse nacional contra as políticas de direita, profundamente nefastas, que vêm sendo seguidas nestes últimos 28 anos pelo PS, PSD e CDS-PP, apelaram, segunda-feira, ao final da tarde, num hotel de Lisboa, ao voto na CDU, a única força política capaz de concretizar uma verdadeira viragem de esquerda na vida política nacional, que garanta emprego com direitos, melhores salários, um Portugal com futuro.
A iniciativa contou com a participação de, para além dos cerca de 400 sindicalistas, Nuno Vieira, do Sindicato dos Químicos, José Miguel, dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», Diolinda Machado, da Comissão Executiva da CGTP, Manuel Neto, membro do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul, Fátima Messias, da Comissão de Trabalhadores da Cimpor, coordenadora das Comissões de Trabalhadores da Região de Lisboa e da Comissão Executiva da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, Francisco Lopes, membro da Comissão Política e do Secretariado do PCP, e Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP.
«Os objectivos que a CDU tem no seu projecto encontram eco na nossa luta do dia-a-dia, nas empresas, nos serviços, no sector privado e no sector público», afirmou, no início encontro, Fátima Messias, dando conta de um abaixo-assinado, com mais de 1700 assinaturas, de apoio à CDU. Este momento foi celebrado com uma entusiástica e repetida ovação à coligação entre o PCP, «Os Verdes» e a ID.
Segui-se a intervenção de Carvalho da Silva que acusou o PS, o PSD e o CDS-PP de, ao longo destes últimos 28 anos, terem destruído a economia do País. «Há inquestionavelmente um agravamento da situação com este Governo. Mas há défices estruturais que vem detrás e que são da responsabilidade, não apenas do PSD/CDS-PP, mas de todos aqueles que passaram pelos governos ao longo dos últimos anos», afirmou o secretário-geral da CGTP.
No final da sua intervenção, Carvalho da Silva, manifestando-se contra a intenção do PS em conseguir uma maioria absoluta, apelou ao voto na CDU: «Não há que haver hesitações. A hora é de participar, a hora é de intervir, a hora é de votar CDU».

Contra a política de direita

A última intervenção esteve a cargo de Jerónimo de Sousa. Num ambiente de grande camaradagem, o secretário-geral do PCP alertou para o facto de os cadernos reivindicativos, apresentados, recentemente, ao PS, PSD e CDS-PP, pelos grandes grupos económicos, colocarem como exigência a manutenção de baixos níveis salariais, a reforma da segurança social e da administração pública, a limitação dos direitos dos trabalhadores e a continuação da política de privatizações.
«É chegada a hora de pôr fim, não só ao governo de direita que, estamos convictos, será derrotado no próximo dia 20 de Fevereiro, mas também à política de direita», afirmou Jerónimo de Sousa, acentuando que «o País e os trabalhadores não podem suportar mais quatro anos de soluções de continuidade e alternância na governação que o PSD/CDS-PP e PS têm imposto, agravando as condições de vida dos portugueses e o estrangulamento das áreas económicas, sociais e culturais».
No encontro, o secretário-geral do PCP enunciou ainda um conjunto de propostas da CDU para responder às aspirações dos trabalhadores, tendo afirmado que «vamos propor e batermo-nos pela valorização do trabalho, pela efectivação dos direitos dos trabalhadores, pelo combate à precariedade, à sinistralidade no trabalho e às desigualdades que atingem preferencialmente as mulheres e os jovens».
«Os trabalhadores conhecem bem o trabalho, a dedicação dos eleitos do PCP e da CDU na defesa dos seus direitos, dos seus interesses e das suas condições de vida», valorizou, concluindo: «Contamos convosco, com o vosso empenhamento, com o vosso apoio para garantir o reforço em votos e eleitos da CDU, certos que isso será o melhor para os trabalhadores e para o País».